E se eu não quiser ser nômade digital?

nômade digital

“E agora você vai ser nômade digital?” – é frequente eu escutar essa pergunta depois de falar para alguém que virei freelancer full time no último ano. O questionamento é sempre feito com entusiasmo, que diminui bastante quando respondo um “não é minha intenção”.

Ao mesmo tempo, todos os anúncios no Facebook parecem querer me convencer a ser uma pessoa que viaja trabalhando – ou será que é trabalhar viajando?

A verdade é que acho super legal isso tudo de ser nômade digital, admiro meus amigos e conhecidos que vivem assim…mas não é o que quero para mim. Nem quero sentir que essa é uma obrigação por ter escolhido a carreira como freelancer.

O que se ganha ao não ser um nômade digital

Por isso, sem negar todas as vantagens de conhecer o mundo enquanto se tem um trabalho que não precisa de escritório fixo, resolvi escrever sobre o lado bom de não ser um nômade digital.

Porque quem escolhe ficar na mesma cidade, no mesmo bairro e no mesmo home office também consegue aproveitar – e muito – um modelo de trabalho com mais flexibilidade e até mesmo significado. Assim, quando se perguntar “E se eu não quiser ser nômade digital”, não há problemas em responder “não preciso”.

freelancer

Um pouco de rotina faz bem (e eu gosto!)

Você não sente, às vezes, que o mundo inteiro está levantando a bandeira contra a rotina? Calma, gente, a rotina por si só não precisa ser algo ruim. Eu, por exemplo, gosto bastante de ter uma – que inclui as horas de trabalho, o tempo que dedico para o blog, cozinhar minha própria comida, fazer exercício… E claro, também me permito ter as saídas de rotina, como trabalhar em um lugar diferente, me dar um dia de folga, entre outros.

O lado bom de ter horários estabelecidos e lugar certo para realizar as atividades sendo freelancer é que se ganha muito em produtividade, principalmente naqueles jobs que exigem concentração.

Nem todos os clientes são digitais

Os freelas que não optam pela vida de nômade digital conseguem explorar um mercado muito grande: o dos clientes que demandam interações presenciais, seja para reuniões, seja para realização de serviços que precisem de você lá. No meu caso, por exemplo, entram nesse ponto realização de entrevistas e acompanhamento de eventos.

E vale lembrar: não é porque você vive em uma realidade na qual o Skype é ferramenta básica de trabalho que seus clientes também façam parte desse mundo. Tem muito job por aí para quem está disposto a ter encontros presenciais com os clientes!

Lazer e trabalho, cada um em seu lugar

Vou ser bem sincera, teria grande dificuldade em trabalhar estando em um lugar novo e cheio de coisas para conhecer. Já acho difícil fazer isso quando estou em Porto Alegre visitando minha família, uma cidade em que vivi por 25 anos…

Se ser nômade digital não é uma opção para você, ainda assim terá flexibilidade para curtir férias e viagens – basta se programar para que aconteça. Assim, se organizar bem as demandas, você consegue curtir ao máximo o tempo de lazer, sem se preocupar com os jobs diários que tem para entregar.

Mais perto das pessoas com trabalhos “normais”

Esse talvez seja um grande motivo para eu não querer ser nômade digital: me importa muito estar perto de pessoas que têm um trabalho convencional, com 30 dias de férias programadas por ano e raras folgas. Já fiz meu intercâmbio e já mudei de cidade, agora quero estar junto do meu namorado e dos meus amigos, além de no máximo a 1h30 de avião de toda a minha família.

É questão de momento de vida, enquanto alguns querem viver experiências, outros podem querer se acomodar, comprar uma casa, criar um cachorro – e não tem nada de errado nisso.

Tem mercado para todo mundo, o que importa é você fazer o que gosta!

escolha

Mas o que levar depois de ler esse texto? Simplesmente que você pode fazer o que quiser: trabalhar em empresa e bater ponto, ser freelancer e atender os clientes de seu home office, empreender, ser um nômade digital…ou qualquer outra variação que possa existir ou ser inventada.

Essa tendência do nomadismo digital está trazendo uma contribuição bem importante para o mercado de trabalho – que os empregos não precisam ser tão certinhos, que existem opções para quem não se adapta a uma rotina, que você pode criar seu próprio trabalho. Ao mesmo tempo, ser freelancer é a carreira ideal para que isso aconteça, mas nem por isso você precisa fazer as malas e levar seu escritório para o mundo se for freela. Escolha o que faz mais sentido para você e, quando não fizer mais sentido, escolha novamente!


Você trabalha como freelancer e é um nômade digital? Compartilhe aqui nos comentários como é sua experiência e as vantagens deste formato de carreira. 🙂


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Luciane Costa

Luciane Costa

Formada em jornalismo e apaixonada por conteúdo digital. Virou freelancer porque precisava de uma grana extra e acabou descobrindo que adora trabalhar assim. Gaúcha e morando em São Paulo, é viciada em séries de detetives e adora cozinhar.
Luciane Costa

Luciane Costa

Formada em jornalismo e apaixonada por conteúdo digital. Virou freelancer porque precisava de uma grana extra e acabou descobrindo que adora trabalhar assim. Gaúcha e morando em São Paulo, é viciada em séries de detetives e adora cozinhar.

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4 respostas

  1. Opa, estava procurando uma definição legal sobre nomadismo digital para quem pensa na “contramão”, vou citar este artigo no meu blog ok ? abraço 🙂

    se quiser conhecer o endereço é: marketingmentiroso.blogspot.com.br

  2. “Você não sente, às vezes, que o mundo inteiro está levantando a bandeira contra a rotina?”

    Siiiim!

    O que eu mais sinto falta nessa vida de freelancer é a rotina; eu adoro saber que certas coisas não irão se alterar no meu dia. Me sentia um pouco culpada de não querer sair por aí com uma mochila nas costas, rs. Agora estou mais tranquila.

    Ótimo post!

    1. Leila, quando a gente não sabe nem quanto vai ganhar cada mês…nada como uma rotina para ter controle de algo! rsrs Obrigada! beijos!

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