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Como ser nômade digital: relato de uma experiência pessoal

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O nomadismo digital é algo que vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. No entanto, para muitas pessoas ainda pode parecer algo muito distante. Talvez você queira seguir esse caminho, mas ainda não tem clareza sobre como ser nômade digital e o que fazer para isso acontecer.

Eu sou a Luciane, iniciei minha jornada para fora do Brasil em junho de 2019 com um único objetivo: tornar minha viagem mais longa possível. Enquanto meus recursos financeiros permitissem, eu continuaria, mas, no meio do caminho, eu acabei me tornando nômade e é isso que quero compartilhar com vocês neste artigo!

Em Chichén Itzá, quando passei pelo México.

O início de tudo: como se planejar para ser nômade digital

Eu acompanhava muitos blogueiros e influencers que viviam como nômades digitais, mas eu não conseguia me enxergar naquilo, por isso decidi que seria apenas nômade: escolher um novo destino, buscar um trabalho por lá e viver por um tempo. 

Com essa finalidade, também descobri plataformas nas quais eu poderia trocar trabalhos por hospedagem – e essa seria mais uma opção para viabilizar minha viagem a longo prazo. Assim conseguiria reduzir custos, viver por um mês em cada lugar, me aproximar da cultura local e ter experiências mais significativas do que somente viajar como turista.

No Brasil, eu já estava há um ano dando meus tropeços para viver de freela, então eu tinha alguns pequenos projetos que me trariam uma pequena renda. Ela não era significativa para viver na Europa — destino que escolhi para iniciar minha viagem —, mas me ajudaria com alguns custos. 

>> Dicas para quem precisa de projetos AGORA!

Outra possibilidade que considerei era buscar trabalhos temporários como garçonete, babá ou qualquer outra coisa durante minha estadia em uma nova cidade ou país.

Então, recapitulando o planejamento:

  1. Trocar trabalhos por hospedagem;
  2. Trabalhar como freelancer para os clientes que eu já tinha no Brasil;
  3. Buscar novos trabalhos temporários em cada novo destino que eu fosse visitar.
Dando um rolê pela Escócia.

Conhecer a experiência de outras pessoas é importante

Eu segui os itens 1 e 2 do planejamento e por um ano viajei trocando trabalhos por hospedagem e fazendo os freelas para clientes brasileiros — o que não me trazia muito retorno financeiro, mas ajudava com algumas despesas.

Na estrada, fui conhecendo novas pessoas, profissionais que viviam o nomadismo e atuavam em áreas diversas, como tecnologia, marketing digital, design, investimento, tradução, ensino de idiomas, psicologia, escrita, terapia, ensino de yoga, coaching etc.

Ter contato com tantas pessoas de diferentes partes do mundo foi expandindo minha consciência e comecei a compreender como ser nômade digital. Percebi que eu poderia fazer do nomadismo o meu estilo de vida, tendo uma carreira global e ganhando em diferentes moedas.

Nômade digital também tem que ter foto trabalhando em coworking, né? Esse é na Tailândia.

Como ser nômade digital: como eu encontrei o meu caminho 

Nessa altura, entendi que havia mil e uma possibilidades para começar. Depois de avaliar pontos positivos e negativos, escolhi algumas delas. 

Compartilho aqui, pois acho que pode ajudar a refletir sobre como ser nômade digital e auxiliar você a desenhar as suas frentes de atuação também.

Consultoria/Mentoria

Estrategista de marketing digital – minha área de formação, na qual eu atuo há dez anos. 

Por falar em clientes internacionais, dá uma olhadinha nesse vídeo que a Lu Costa fez sobre o assunto:

Design

Diferente do Brasil, onde a profissão não é bem remunerada, eu descobri em minhas pesquisas que o designer freelancer no mercado europeu tem uma boa remuneração, entre € 35 e € 60 por hora trabalhada

Ensinar português para estrangeiros

Eu já estava fazendo isso informalmente, mas descobri um curso para me aperfeiçoar e fiz disso mais uma fonte de renda.

É realmente possível ser freelancer e nômade digital?

A vida de freela pode ser instável, e por isso eu sempre estive aberta a fazer de tudo! Desde que estou na estrada, já realizei diversos trabalhos que foram surgindo no caminho: organizar eventos online, testar aplicativos, fazer traduções, diagramar álbum de fotografia de família, vender sites e cursos e ganhar comissões, fazer outros tipos de mentoria, como “Como planejar seu sabático”, “Como criar seu curso online”, e assim por diante.

O mundo é feito de inúmeras possibilidades e existe um estilo freelancer para cada tipo de pessoa. Você pode exercer uma única atividade e oferecer somente esse seu trabalho ou pode ser multidisciplinar.

>> Workism: quando a paixão pelo trabalho passa dos limites?

Independente da maneira que você escolher “freelar”, a mensagem que gostaria de deixar aqui é: é possível viver de freela e morar em vários lugares, sim! Aqui compartilhei a minha experiência para ajudar você a ter insights sobre como ser nômade digital, e para concluir eu diria que basta você abrir o leque, bater em outras portas, se permitir errar e acertar, não se limitar e estar aberto para aprender algo novo SEMPRE!

Pra terminar, uma foto no Porto, em Portugal.

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