Os prós e contras das plataformas de trabalho freela

plataformas de trabalho freelancer

Quando comecei a empreender como freelancer e já com a definição do que eu teria a oferecer como serviço, a primeira pergunta que me veio à cabeça foi: “Onde você vai arrumar trabalho, por onde começar? ”

Como essa ideia de trabalhar por conta própria já era antiga e, no passado, já havia feito algumas pesquisas, passei a me cadastrar em plataformas de trabalho freelance.

De lá para cá, já se foram mais de 2 anos e, nesse período, pude viver todo o tipo de experiência com os sites de freelas. Encontrei muitos projetos e algumas parcerias que perduram, porém também não faltaram roubadas e decepções – mas isso eu conto em outro momento…

O que aprendi na prática sobre plataformas de trabalho freela

freelancer

Agora, voltando à nossa conversa, a minha pergunta hoje é: Afinal de contas, quais são as vantagens e desvantagens de depender das plataformas de trabalho freela?

A vovó já dizia que não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta e meu desafio hoje é justamente não depender 100% das plataformas. Quero poder encontrar meus clientes de forma mais direta, ir para a guerra, vender meu serviço e diversificar.

Essa é, inclusive, a motivação para a minha pergunta e o que me fez pensar em algumas das vantagens e desvantagens em atuar dentro dessas plataformas. Espero que a reflexão sobre o que aprendi na prática ajude você também!

As vantagens das plataformas

1. O trabalho vem até você

Nas plataformas, o cliente de fato está interessado na busca de um profissional que resolva os seus problemas. Com isso, o trato é mais objetivo (ao menos em tese). Além disso, as plataformas oferecem diariamente opções de jobs para os mais variados segmentos, podendo o freelancer escolher aqueles projetos com os quais mais se identifica e nos quais é especialista para se candidatar.

2. Possibilidade de contato com clientes potenciais

No geral, um cliente que busca os serviços de uma plataforma freelance não quer perder tempo, ele quer ter contato rápido com o profissional procurado e, em muitos casos, essa relação acaba gerando parcerias duradouras. Isso é importante, pois você está conectado com quem realmente está interessado na contratação de um profissional freela.

3. Garantia nos pagamentos

Muitas plataformas atuam como verdadeiras mediadoras entre cliente e profissional freelancer, garantindo o pagamento e arbitrando questões na relação comercial estabelecida. Assim, pode-se trabalhar tranquilo, sabendo que no fim do projeto o pagamento será feito.

4. Qualificações

Geralmente as plataformas qualificam seus usuários, com pontuações, graduações ou estrelas. Essas qualificações acabam destacando perfis com boas notas e, inclusive, o profissional passa a receber convites para projetos por estar bem posicionado no ranking.

5. Suporte técnico

As plataformas costumam oferecer suporte técnico em caso de dificuldades, dúvidas ou problemas dentro das ferramentas.

Mas também existem desvantagens…

1. Leilões

Com uma ampla concorrência se candidatando aos jobs, o leilão é quase inevitável. Infelizmente, muitos clientes também estão preocupados somente com a oferta, e não com a qualificação do prestador de serviço. Com isso, você fica refém de um leilão onde muitas vezes quem ganha não é o mais qualificado, mas sim o que oferece o menor preço.

2. Vendedores de banana

Mas o que é isso? Explico: são “profissionais” (esses merecem muitas aspas) que por falta de noção, ignorância ou mesmo por pura tolice, oferecem seus serviços a preço de banana. O triste é que esses profissionais são mais comuns do que imaginamos dentro desses sites, sendo os grandes responsáveis por tornar as plataformas um local de leilões.

“Vendedores de banana” ignoram os preços praticados no mercado, os custos envolvidos na execução dos projetos, bem como o custo do tempo investido em um trabalho, o custo da formação profissional e também o quanto a experiência de um profissional pode impactar no preço final de um projeto. Os verdadeiros vendedores de banana, aqueles profissionais das feiras livres, têm muito mais noção de mercado que os aventureiros “vendedores de banana freela”.

3. Comissões

Boa parte das plataformas cobram comissões para cada trabalho freelance conquistado pelo profissional. Algumas delas chegam a cobrar até 20% sobre o valor final do projeto, o que acaba obrigando você a aumentar o valor da proposta. Lembrando que as plataformas já cobram uma taxa mensal para “Plano Premium” e muitas, além de taxar o freelancer, também taxam os clientes.

4. Comodismo

Para não ser injusto, esse ponto não é culpa das plataformas, dos clientes ou dos aventureiros “vendedores de banana”. Para alguns profissionais, a experiência com as plataformas pode ser tão boa que eles entram em uma zona de conforto. Não que todas as pessoas tenham que ou queiram alçar voos mais altos, mas é um risco que se corre, as plataformas podem nos deixar preguiçosos e acomodados, pensando que não é possível fazer negócios de outra forma.

5. Comunicação

Algumas plataformas limitam muito a comunicação entre cliente e profissional – e algumas até censuram profissionais por quererem trocar dados comerciais com o cliente. Esse ponto, na verdade, é bastante delicado e polêmico, pois, se por um lado a plataforma tem o direito de estipular regras e se você não estiver satisfeito que procure outra, por outro lado não parece justo que elas limitem a comunicação entre pessoas que desejam firmar uma parceria.

Mas, afinal, sites de freelas valem a pena?

designer

Eu poderia elencar mais vantagens e desvantagens aqui, mas creio que esses pontos sejam suficientes para tirarmos algumas conclusões. Meu objetivo aqui não é nem elogiar nem desmerecer nenhuma das plataformas existentes, mas sim, voltando à reflexão do início, não colocar todos os ovos na mesma cesta. Não será a hora de depender menos dos sites de freelas e buscar a diversificação na prospecção de seus clientes para ter melhores resultados?


E você, qual sua opinião? quais vantagens e desvantagens você encontra nas plataformas que utiliza?


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Luciano Villarim

Luciano Villarim

Tenho 33 anos, sou esposo da Adriana e pai da Laurinha, que chegou há 1 ano. Sou formado em Administração de Empresas e Gestão Logística e agora estou cursando Processos Gerenciais. Depois de atuar por 13 anos em grandes empresas do ramo petroquímico, bebidas e varejo, comecei há pouco mais de 2 anos como freelancer, prestando consultoria empresarial e serviços de gestão de projetos e suporte administrativo.
Luciano Villarim

Luciano Villarim

Tenho 33 anos, sou esposo da Adriana e pai da Laurinha, que chegou há 1 ano. Sou formado em Administração de Empresas e Gestão Logística e agora estou cursando Processos Gerenciais. Depois de atuar por 13 anos em grandes empresas do ramo petroquímico, bebidas e varejo, comecei há pouco mais de 2 anos como freelancer, prestando consultoria empresarial e serviços de gestão de projetos e suporte administrativo.

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2 respostas

  1. Realmente, esse problema dos vendedores de banana é crítico. Já tive a felicidade de fechar excelentes parcerias que ultrapassaram os limites da plataforma de freelas, mas, hoje é praticamente impossível competir com valores irrisórios oferecidos por oportunistas aventureiros. E a questão é que os clientes não veem o perigo nisso, ou seja, o barato que pode sair caro. Gostei muito do artigo.

  2. Fala Luciano, tranquilo? Sou redator e eu estou na fase de buscar clientes fora de plataformas. De fato, algumas coisas são inaceitáveis, é melhor trabalhar com clientes que valorizam a qualidade do trabalho e não o preço de banana, ou leilões.

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