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O que fazer para começar a viver de freela

viver de freela

Faz pouco mais de um mês que eu comecei de fato a viver de freela – isto é, ser freelancer em tempo integral e me sustentar assim. Nesse tempo, tenho conversado muito com amigos e profissionais da minha área que também passaram por essa transição ou que estão loucos para encará-la.

Nesses contatos, o que mais me chama a atenção é que um grande impedimento para abrir mão do emprego formal para viver como freelancer não é o medo de perder a estabilidade, mas sim a falta de planejamento: questões como precisar formalizar-se, ter dinheiro até conseguir ganhar o suficiente e encontrar novos clientes.

Para falar bem a verdade, eu também tive esses medos, mesmo não tendo tanto tempo para pensar e planejar a mudança de carreira. Ainda assim, sobrevivi ao primeiro mês e entro no segundo vivendo 100% de freela sem grandes sofrimentos (e muito feliz com a escolha).

Se está faltando um empurrãozinho para apostar na experiência como freelancer, talvez eu possa ajudar com alguns passos pelos quais eu passei e que estão me ajudando a viver de freela.

Passos fundamentais para viver de freela

Não necessariamente na ordem em que aparecem neste post, essas são algumas atitudes que eu recomendo tomar antes de cair de cabeça na vida de freela. Elas podem mudar um pouco dependendo da área de atuação, então se você tiver alguma sugestão do que esteja faltando, deixe aqui nos comentários 🙂

Começar a trabalhar como freela

Se você nunca trabalhou como freelancer, ainda que nas horas vagas, não vá abandonar o emprego para fazer isso! Comece conciliando as duas atividades para entender como se sente neste modelo de atuação profissional, quais são seus principais desafios e o que te dá prazer trabalhando assim.

Para encontrar freelas, você pode pedir indicações para pessoas com quem já trabalhou, inscrever-se em plataformas de emprego ou participar de comunidades de freelancers.

Definir serviços e valores

No início, é comum querermos pegar qualquer job e a qualquer valor. Essa experiência só vale a pena para entender qual o custo do seu trabalho e o que você realmente consegue entregar como freelancer. Portanto, antes de sair fechando negócio com novos clientes, estabeleça quais serviços irá prestar e quanto irá cobrar pelos seus freelas.

Não se esqueça: cobre de acordo com seu nível profissional e  a qualidade de seu trabalho. Caso contrário, não conseguirá se sustentar como freelancer.

Para ajudar, no vídeo abaixo explico como precifico meus serviços como freelancer:

Montar portfólio

Depois de ter as primeiras experiências como freelancer, é hora de criar um portfólio para demonstrar suas habilidades. Ele deve estar em plataforma adequada ao tipo de trabalho que realiza e exemplificar os serviços que oferece. Caso consiga criar algo de sua própria autoria como portfólio, melhor ainda! Eu, por exemplo, sou redatora freelancer e decidi levar o Vivendo de Freela mais a sério quando percebi que ele era um ótimo portfólio para conseguir novos clientes.

Ter um home office

Não se preocupe, montar um home office não significa gastar dinheiro. Apenas saiba que, como freelancer em tempo integral, o sofá não pode mais servir como escritório – ou você dá adeus à sua coluna antes mesmo de receber pelo primeiro job.

Tenha um espaço próprio para trabalhar, em que consiga se concentrar e dissociar o ambiente do resto de sua casa quando precisar de foco. Você também pode procurar por espaços como coworkings para mudar um pouco de ares! Para ajudá-lo, escrevemos um post sobre como criar o home office perfeito.

Criar uma rotina

Apesar da flexibilidade de horário, você precisa garantir que trabalhe o necessário para ganhar quanto espera no fim do mês, não importa se vão ser 2 ou 8 horas por dia. No meu caso, eu estabeleci uma meta financeira diária, ou seja, um valor em conteúdos que preciso escrever neste período.

Muito importante lembrar, também, que como freelancer você recebe por trabalho entregue, então o tempo realmente vale dinheiro. Procure por ferramentas de produtividade para ajudá-lo a manter o foco e não deixe de estar atento aos prazos combinados com os clientes.

Fazer a sua marca

Um freelancer é sua própria marca e precisa investir algum tempo para torná-la conhecida e encontrar novos clientes. Não deixe de conversar com profissionais de sua rede de contatos sobre sua atuação como freelancer e utilize diferentes canais para chegar até seus prospects. O LinkedIn pode ser uma ferramenta muito útil nesse sentido, especialmente se você dedicar tempo a fazer novas conexões com potenciais clientes e formadores de opinião em sua área de atuação, além de divulgar seu trabalho e iniciar suas próprias discussões relevantes.

Formalizar-se

A maioria dos clientes precisa que você emita nota fiscal para contratar seus serviços, por isso é necessário formalizar-se como empresa. Uma boa opção para quem ganha até R$ 60 mil de receita anual é tornar-se Microempreendedor Individual (MEI). Nesta modalidade, existem uma série de benefícios, como impostos reduzidos, cobertura previdenciária e apoio técnico do Sebrae.

Guardar dinheiro

É muito difícil tornar-se freelancer em tempo integral sem necessitar de uma reserva financeira, a não ser que você já tenha garantido jobs suficientes e seja super produtivo. Faça os cálculos de quanto você precisa por mês para se sustentar e, antes de abandonar o emprego fixo, garanta dinheiro para pelo menos alguns meses. Isso dará mais tranquilidade para você usar as primeiras semanas como freelancer para aprender a trabalhar assim, sem a urgência de ganhar imediatamente o que recebia antes como salário.

Vale lembrar que dá para economizar muito trabalhando em casa, seja em alimentação, transporte ou até em vestuário, então provavelmente seu custo fixo diminua depois que optar por essa carreira.

Estar pronto para abrir mão

Por último, antes de tomar qualquer decisão que envolva mudança de carreira, lembre-se de que o trabalho formal e o como freelancer são muito diferentes. Logo, você precisará abrir mão de algumas coisas nessa nova jornada: carteira assinada, 13° salário, férias remuneradas, contato diário com colegas de trabalho, entre outras.

Em compensação, a recompensa será alta se você estiver pronto para guiar sua própria carreira, ter uma rotina estabelecida por si mesmo e experimentar o trabalho fora dos modelos organizacionais estabelecidos. Abrir mão, nesse caso, também significará dar espaço para muita realização profissional!

Que tal deixar de lado o medo e arriscar de uma vez?


Você vive ou sonha em viver de freela? Compartilhe aqui nos comentários como está sendo a experiência ou o que está faltando para vivê-la!


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